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A possibilidade de simplesmente partilhar uma receita de culinária, permitiu que a transmissão de conhecimento fosse apurando um conhecimento ainda mais profundo sobre as mais diversas coisas que hoje fazem parte da nossa vida e que já nem pensamos nelas. Isto tudo porque existe a comunicação.

A comunicação pressupõe três coisas básicas: um emissor, uma mensagem e um receptor. Com o desenvolvimento dos meios de comunicação, sobretudo da internet, qualquer um pode ser um potencial emissor de transmitir uma mensagem a massas ou como dizia Umberto Eco: “As redes sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só depois de uma taça de vinho, sem causar dano à colectividade. Agora têm o mesmo direito a falar como um Prémio Nobel”.

Isto não só é real como é realmente perigoso. Deixamos de perceber o que é verdade do que não é, o que é importante ou prioritário do resto e vivemos numa imersão de informação que não serve para absolutamente nada. Assim como este blogue.

Nos meios de comunicação, sobretudo nas redes sociais, qualquer badameco consegue “sacar”, da própria internet, uma fotografia de um modelo qualquer vestido de bata ou fato e dizer que este especialista defende blá blá blá. O público-alvo, que é o típico preguiçoso que quer lá saber da fonte, come aquilo como quem come tremoços. Melhor ainda, partilha o pires com os outros.

E assim se criam grupos intermináveis de idiotas a discutir pura estupidez negacionista e de conspiração. Na taberna não havia este perigo.

Se acham que estou a exagerar, comecem por ver os canais dos terraplanistas, trumpistas e outras coisas do género no youtube e deixem-se seguir pelas sugestões do mesmo canal. Digo-vos para fazerem isto porque confio na vossa inteligência, mesmo assim peço que tenham cuidado com os especialistas.

• passasnacomida.com

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